Banca: "Em casa de ferreiro, espeto de pau"

Artigo de opinião por Pedro Lima, docente da Católica Porto Business School.
A tecnologia tem desempenhado um papel central no que concerne à melhoria de determinadas dimensões da vida humana. Atualmente, existe uma perceção generalizada de estarmos a vivenciar um dos mais profundos processos de descoberta e convergência de tecnologias que encerram em si mesmas a promessa de alterar profundamente a forma como vivemos, tanto para melhor como para pior.
Um dos setores que se encontra no epicentro desse processo de descoberta e convergência tecnológica é a banca dita tradicional, que está a braços com inúmeros desafios e ameaças daí resultantes. O primeiro é a proliferação das ágeis fintechs [como a Revolut] que concorrem nas mais diversas áreas da atividade financeira. Mais recentemente, surgiram duas ameaças que até há pouco tempo cogitavam apenas nas mentes mais irreverentes do mundo da tecnologia, tendo as blockchains como espinha dorsal e as criptomoedas como rosto mais visível. A primeira dá pelo nome de "Finanças Descentralizadas" (DeFi), que consiste na prestação de vários serviços financeiros, de natureza digital, imersos em modelos de negócio profundamente inovadores e alicerçados em dinâmicas peer-to-peer (diretamente entre

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