Docente da Católica Porto Business School coordena estudo nacional sobre o impacto social das fundações privadas

Raquel Campos Franco, docente da Católica Porto Business School, coordenou um estudo para o Centro Português de Fundações - cujos resultados foram apresentados ontem, dia 21 de julho -, com a principal conclusão de que as fundações privadas geram impacto social, baseando-se em casos estudados, transformados em ilustrações já disponíveis para leitura - essas histórias de impacto e estudos de caso encontram-se disponíveis para consulta no site do Centro Português de Fundações.

 

Conclui ainda o estudo que há falta de informação pública sobre a atividade das fundações portuguesas, o que não contribui para a transparência do setor e para que a sociedade portuguesa o possa conhecer e valorizar. “Este é um primeiro passo determinante nesse sentido”, partilha a coordenadora.
O estudo, que contou com a participação dos também docentes da Católica Porto Business School Ana Lourenço, Carlos Azevedo, Leonor Sopas e Liliana Fernandes, avaliou projetos de 12 fundações - Aga Khan, Altice, Bissaya Barreto, CEBI, Dr. António Cupertino de Miranda, Eugénio de Almeida, Francisco Manuel dos Santos, Calouste Gulbenkian, Manuel António da Mota, Montepio, Vasco Vieira de Almeida e Serralves -, focando-se em exemplos específicos de atuação. Uma das principais conclusões aponta para o facto de serem ainda poucas as fundações que medem efetivamente o impacto social dos projetos na sociedade, reflexo da dificuldade de implementação destas medidas, que outro tipo de organizações nem sequer pondera calcular.

Interessante é ainda verificar que, apesar de serem entidades privadas, algumas delas têm potencial de influência das políticas públicas que beneficiam a sociedade, tendo duas delas exemplos concretos de contributos determinantes recentes na alteração de políticas na área da educação e dos mercados financeiros.

Confirmando que as fundações privadas atuam em áreas onde o Estado e as empresas decidem não estar e dar respostas, o estudo revela que as fundações são "entidades tendencialmente independentes de qualquer outro setor institucional, têm liberdade para experimentar" e "têm capacidade para suportar essa experimentação".

Raquel Campos Franco, coordenadora do projeto, afirma que "as fundações são um tipo de entidade largamente desconhecido em Portugal, não sendo fácil reportar com segurança o número de fundações privadas existentes. É imperativo ter o conhecimento de quais são todas as fundações privadas em Portugal e de que forma se caracterizam.” Além disso, a docente alerta para o facto de os dados sobre fundações atualmente disponibilizados pelo Instituto de Registos e Notariado, INE e Governo estarem "não baterem certo".

Mais detalhes sobre o estudo disponíveis aqui.

 

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22-07-2021