"O amigo americano"

Business School
"O amigo americano"
Quinta-feira, 19 de Maio de 2022 in Público online

Leonardo Costa, docente da Católica Porto Business School, e Manuel Sá, filósofo.
Ou a Ucrânia e o Ocidente ganham a guerra antes da chegada de Trump (ou do seu sucedâneo) ao poder ou a guerra estará perdida, com a UE metida num "trinta e um" mundial. Artigo de opinião de Leonardo Costa, docente da Católica Porto Business School, e Manuel Sá, filósofo 
Thomas Kuhn (1922–1996) foi um físico, historiador e filósofo da ciência americano cujo livro publicado em 1962, The Structure of Scientific Revolutions, teve uma influência profunda nos círculos académicos. Para Kuhn (1962), o desenvolvimento da ciência não é linear. Em períodos que o autor designa de ciência normal, um ponto de vista científico específico, uma teoria ou paradigma, é aceite como base para a investigação. O processo de crescimento da ciência normal é então acompanhado pela acumulação de anomalias. As mesmas, para serem explicadas, exigem, cada vez mais, pressupostos ad hoc, exteriores à teoria ou paradigma adotado. O facto conduz, mais tarde ou mais cedo, à existência de uma revolução científica e à substituição do velho paradigma por um novo.
Dito isto, não existem factos alternativos. Existem, sim, teorias ou paradigmas alternativos, explicativos dos factos. As teorias ou paradigmas existem na nossa mente e não têm qualquer outra realidade, seja o que for que signifiquem. O confronto com os factos é suposto testar a razoabilidade das teorias, a existência de anomalias e/ou a necessidade da sua substituição.

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