"O conflito irradiante"

Direito
"O conflito irradiante"
Domingo, 3 de Abril de 2022 in CNN Portugal Online

José Azeredo Lopes. docente da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica.
A unidade é boa, mas q.b.
A comoção coletiva em torno da agressão russa contra a Ucrânia, o sentimento comum de solidariedade com um povo que sofre, a decisão política fundamental de adotar medidas sistemáticas e eficientes contra quem violava o direito de uma forma tão grave: estes são alguns elementos nos marcaram, volvido bem mais de um mês sobre o início das hostilidades.
A marca-de-água, a “unidade”. Unidade em torno da qualificação dos factos (o que, às vezes, não acontece), unidade entre NATO e União Europeia, duas organizações cujo papel se afigurava incontestável, unidade no eixo transatlântico. Unidade nas Nações Unidas, em que a Assembleia Geral adotou uma resolução que, não sendo vinculativa, mostrou uma posição esmagadora da comunidade de Estados contra as ações da Rússia e o Secretário-Geral Guterres foi o mais assertivo possível sobre a questão.

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