"Depois das eleições, as políticas privadas!"

Álvaro Nascimento, docente da Católica porto Business School. 
A escassez de mão de obra é um fenómeno transversal em todos os países da União Europeia. As taxas de desemprego – em muitos países - estão já abaixo dos níveis pré-pandémicos, suscitando preocupações em vários setores de atividade económica. Em janeiro deste ano, o ministro da Economia alemão reconhecia que o país necessita de mais imigração para responder aos desafios dos próximos anos, especialmente a transição energética. Não estamos a falar de emprego não qualificado, nem simples desajustamento de qualificações!
Num número recente, a revista The Economist deu à estampa um artigo referindo que nos países desenvolvidos a evolução dos mercados de trabalho tem levado os académicos a revisitar a relação do emprego com a tecnologia, questionando se a automação é, afinal de contas, inimiga do emprego. A ideia de que o desenvolvimento da inteligência artificial aproveitaria terreno fértil deixado pela pandemia para reduzir a importância dos trabalhadores não colhe apoio na evidência.

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