Novos andamentos da guerra e da paz

Direito
Novos andamentos da guerra e da paz
Sábado, 26 de Novembro de 2022 in Público online

Artigo de opinião por José Azeredo Lopes, docente da Escola do Porto da Faculdade de Direito e Coordenador do International Studies Programme da Universidade Católica no Porto. 
Não há dúvida de que os Estados Unidos, neste trágico concerto, são o maestro que detém a batuta. A guerra continua enquanto entenderem que deve continuar.
Na guerra da Ucrânia, o refrão das negociações e da paz surgiu através de fontes não identificadas, num processo comunicacional muito interessante. Primeiro, soube-se que, em julho, Joe Biden tinha respondido irritado ao Presidente ucraniano por este reclamar constantemente mais armamento e meios. Depois, outra fonte não identificada deu conta de que os Estados Unidos estavam a pressionar Zelensky para que este, pelo menos, não fechasse a porta a quaisquer negociações. Finalmente, Mark Milley, equivalente norte-americano ao nosso chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, defendeu, de forma inequívoca, que os ucranianos deviam mais cedo do que tarde sentar-se à mesa das negociações. Ou, como afirmou, “quando há uma oportunidade para negociar, quando a paz pode ser alcançada, aproveitem”.

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