"Os "voluntários" na guerra da Ucrânia"

Direito
"Os "voluntários" na guerra da Ucrânia"
Sábado, 12 de Março de 2022 in CNN Portugal Online

Artigo de opinião por José Azeredo Lopes, docente da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica.
A Ucrânia é, por estes dias, um sítio perigoso e bastante mal frequentado. Não era suficiente, pelos vistos, uma guerra que vai ficando mais áspera, tanto na destruição e na morte como nas acusações que enxameiam o espaço público global. O conflito está, além disso, a ficar menos “clássico” e cavalheiresco, pelos meios utilizados, pelos meios que podem vir a ser utilizados e pelos intervenientes.
Falando destes, os “voluntários” que fluem para Ucrânia para lutar por este país ou, então, do lado da Rússia, poderão ser mais de 36.000. Não são voluntários para ajudarem na ação humanitária, na distribuição de alimentos, médicos ou enfermeiros. São “combatentes”, no sentido de que se deslocam para aquele território para, de armas na mão ou com as armas que lhes derem, lutarem por um ou outro dos lados no conflito. De muitas nacionalidades, alguns carregados de ideais, outros nem tanto, alguns carregados de coisíssima nenhuma recomendável.

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