"Talento - Inato ou desenvolvido?"

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"Talento - Inato ou desenvolvido?"
Quarta-feira, 28 de Junho de 2023 in Líder Online

Artigo de opinião por Arménio Rego, docente da Católica Porto Business School.
Sobre ele foi afirmado: "era forte, mas descoordenado, passava a vida a virar o barco" . O seu treinador de então afirmou: “Era muito mau, ficava sempre em último” (Expresso, 30 de julho de 2016). Costumo usar estas expressões para suscitar uma questão: sobre quem recaem? Dado que as expressões são datadas, a resposta à pergunta é, compreensivelmente, difícil para a maioria das pessoas – como seria para mim. Ei-la: Fernando Pimenta, duas vezes medalhado olímpico e que há dias conquistou a sua 131ª medalha internacional como canoísta. O seu treinador de hoje é o mesmo de então: Hélio Lucas. E, não tivesse sido o sábio papel exercido por este, talvez o talento de Pimenta jamais tivesse crescido.
Miguel Araújo, músico, autor e intérprete português, afirmou em entrevista publicada em setembro de 2022: “Cantar nem pensar. Só me tornei cantor em 2012, aos 34 anos. Sempre fugi do microfone. Mesmo quando já tocava, e depois profissionalmente, nunca era o vocalista das bandas. Era o baixista ou o guitarrista. Nem nas bandas de liceu me passou pela cabeça cantar. Tinha terror a isso”. Eis o paradoxo: um cantor talentoso … que parecia não ter talento.

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