"“Vivere pericoloso”, ou quanto vale a vida de um jornalista?"

Direito
"“Vivere pericoloso”, ou quanto vale a vida de um jornalista?"
Quarta-feira, 16 de Março de 2022 in CNN Portugal Online

José Azeredo Lopes, docente da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica.
A morte de jornalistas durante um conflito não é, em bom rigor, diferente da morte de um elemento da população civil, de um velho, mulher ou criança vítimas da violência de um agressor, aquele que age como a Grande Ceifeira.
De uma certa maneira, como a morte de um combatente, a morte de um jornalista até é “menos” do que a morte dos civis em sentido “estrito”, porque um jornalista ou correspondente de guerra sabe ao que vai, tem a noção aguda daquilo que lhe pode acontecer, escolhe ir e escolhe ficar. E não ignora que, apesar de um estatuto próprio de proteção, não só os riscos a que se sujeita são tremendos e quase “inerentes” como, por outro lado, se foi tornando num dos alvos mais apetecíveis numa guerra.

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