Duarte Correia: “A Católica é a minha identidade.”

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Duarte Correia é natural do Porto e é advogado na Delgado e Associados. É alumnus da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica e o atual Presidente da Direção da Associação dos Antigos Alunos de Direito da Católica no Porto. Desde cedo interessado por Direito e Política, não teve dúvidas de que o seu caminho ia passar pela advocacia. Foi vogal do Conselho Geral da Ordem dos Advogados e, atualmente, é vogal da Direção Nacional do CDS-PP. O que é que o move? “Servir a sociedade!”

 

Como é que descobriu o seu interesse pelo Direito?

Desde cedo que comecei a adquirir o gosto pelo Direito e pela Política. Nunca passei por grandes momentos de indecisão relativamente àquilo que queria fazer profissionalmente. Aos dez anos já tinha a convicção de que queria ser advogado.

 

O que é que terá encantado uma criança de 10 anos?

Julgo que era a vontade de ajudar os outros a resolver os seus problemas e de trabalhar para promover a justiça. Com a idade que eu tinha não podia ser de outra forma. Quando somos mais novos isto é suficiente para nos encantar e cativar.

 

Alguns anos depois, ingressa na Licenciatura em Direito, na Universidade Católica no Porto. Que memórias guarda desses tempos?

As melhores possíveis. Foram anos incríveis. Na Sociedade onde trabalho atualmente, dos treze sócios, nove estudaram na Católica. Acho que isto quer dizer alguma coisa (risos). E desses cinco, três fomos da Tuna. Aliás, eu fui um dos fundadores da Tuna da Católica no Porto e até costumo dizer que a Tuna foi a tropa que eu não tive (risos).

 

De que forma é que a vivência universitária nos marca para a vida?

Marca-nos totalmente. A Católica é a minha identidade. Muito do que sou hoje passa por aquilo que fui e pelo que aprendi na universidade. Os anos que passei na Católica foram dos melhores anos da minha vida.

 

“Quem passa pela Católica nunca mais sai da Católica.”

 

O que é que melhor caracteriza a Católica?

A Católica sempre valorizou muito a proximidade, embora nunca descurasse o rigor e a qualidade do ensino. A Católica equilibra muito bem os dois lados. É uma característica que sei que se mantém e que é muito importante.

 

Terminada a sua licenciatura, que plano é que seguiu a sua vida?

Como se costuma dizer, fui ganhar mundo. Fui trabalhar para uma empresa em Madrid, depois passei por Lisboa e depois ainda pelo Algarve. Quis perceber como é que as empresas funcionavam e estar próximo do mercado de trabalho. Acabei por regressar ao Porto e, com o estágio da Ordem dos Advogados realizado, ingressei numa Sociedade, da qual, também, acabei por me tornar sócio. Mais tarde mudei de Sociedade, onde estou até aos dias de hoje.

 

“Na Associação de Alumni o encontro entre gerações é muito rico.”

 

Em 2007, fundou a Associação dos Antigos Alunos de Direito da Universidade Católica no Porto. Como é que surgiu a ideia?

A ideia surgiu de um convite endereçado pela própria Universidade a desafiar-nos a formar esta associação. Depois de fundada, a associação tem-se empenhado em alimentar o espírito de união e de proximidade entre toda a comunidade alumni de Direito. Quem passa pela Católica nunca mais sai da Católica. Enquanto associação, queremos contribuir para que as pessoas se reúnam, se reencontrem, se ajudem e trabalhem em prol dos valores que a Católica lhes legou. De certa forma, temos este desígnio de retribuir à Universidade tudo o que nos ofereceu.

 

Uma Associação que reúne estudantes das diferentes gerações …

Exatamente, e esse encontro entre gerações é muito rico. Temos como prioridade tentar penetrar ainda mais nas camadas mais jovens para que também sintam a vontade de integrar a comunidade de alumni. É um trabalho no qual queremos investir mais. Ao longo do ano promovemos diferentes eventos, conferências e encontros. São exemplo o churrasco anual que organizamos nos jardins da Católica e ainda o Caminho de Santiago. Fazem-se amigos para a vida.

 

O que é que mais gosta na sua profissão?

Não é uma profissão nada monótona e eu gosto muito disso. Temos contacto com muitas pessoas e eu gosto muito de estabelecer estas relações. É muito gratificante. Em paralelo, há outros desafios que se vão colocando, como foi o caso de eu ter pertencido, até há pouco tempo, aos órgãos da Ordem dos Advogados. Têm-se colocado inúmeros desafios à profissão e eu sinto sempre o apelo de contribuir para os enfrentar.

 

O que é que o motiva a participar e a querer dar o seu contributo?

Como a minha mulher me diz “Só te metes naquilo que não dá dinheiro” (risos). Talvez seja verdade, até porque são sempre desafios que exigem um sacrifício pessoal muito grande, mas que são sempre gratificantes. Atualmente, sou, também, vogal da Direção Nacional do CDS-PP. Tanto na OA, como na política, motiva-me servir a sociedade e poder contribuir de alguma forma para o seu desenvolvimento. Eu sou um privilegiado, porque tive acesso a uma boa educação e, de alguma forma, também, me sinto levado a retribuir. Vivo estas oportunidades e desafios com espírito de serviço.

 

“A vida é uma dádiva.”

 

O que é que gosta de fazer nos seus tempos livres?

Gosto muito da minha cidade e gosto da possibilidade de descobrir sempre alguma coisa nova. Também gosto muito de fazer mergulho. Acho que é o único local onde consigo fazer reset total. De tudo aquilo que faço, o mergulho é a única atividade que consegue limpar a minha memória RAM e todos os cookies (risos). É terapêutico! Mas normalmente não me sobra muito tempo. Gosto, também, de ler, ouvir música e vou aos jogos do meu filho e aos espetáculos da minha filha.

 

O que é que o move?

A vida é uma dádiva e por isso temos de a aproveitar ao máximo. Move-me a vontade de preencher a minha vida o mais possível com o que ela de melhor tem para nos oferecer e com o melhor que nós temos para retribuir.

 

pt
26-01-2023