Teresa Santos: “Aproveitem tudo o que a Católica tem para vos dar!”

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Teresa Santos é estudante do Mestrado em Direito da Faculdade de Direito – Escola do Porto da Universidade Católica e é, também, a presidente da Associação de Estudantes (AE) de Direito, missão que assume com responsabilidade e entusiasmo. O desporto académico e as oportunidades de formação para os estudantes são alguns dos pilares do seu mandato. Do seu percurso na Católica destaca a “proximidade com os professores” e a “ligação à prática profissional”.

 

Que conselho daria aos estudantes que começaram agora o seu percurso universitário na Católica?

Aproveitem tudo o que a Católica tem para vos dar! Envolvam-se e queiram, verdadeiramente, fazer parte do mundo universitário. Estudar é importante, mas a universidade é muito mais que estudar para os exames. Explorem todos os grupos académicos, todas as oportunidades de crescimento e vivam de forma plena estes anos das vossas vidas. 

 

“Há cada vez mais alunos a querer fazer a diferença.”

 

É a atual Presidente da Associação de Estudantes de Direito. O que a levou a candidatar-se?

Faço parte da Associação de Estudantes desde o meu 2.º ano da licenciatura. Comecei como vogal da direção e no ano seguinte assumi as funções de vice-presidente da direção. O engraçado é que nunca me tinha imaginado a assumir o cargo de presidente. O desafio surgiu através do antigo presidente que achou que eu me devia candidatar no ano seguinte. Pensei muito na sugestão dele e decidi arriscar, movida pela vontade em fazer mais pelos estudantes da minha faculdade.

 

Licenciou-se em Direito e ingressou recentemente no Mestrado em Direito Criminal. Porquê escolher a Católica para estudar na licenciatura e, também, no mestrado?

Quando eu disse aos meus pais que queria estudar Direito, disseram logo que tinha de ser na Católica. Não tive dúvidas de que era aqui que eu queria estudar. Pelo prestígio, pela reputação, pela ligação ao mercado de trabalho e pelas oportunidades de desenvolvimento que nos oferece ao longo de todo o nosso percurso. Acabei por gostar muito do curso, por me sentir muito bem acolhida e isto acabou por me levar a querer prolongar a minha experiência aqui. Quis continuar o meu percurso, orientado pelos mesmos critérios de exigência, de qualidade dos professores, de proximidade e de abertura ao mundo do trabalho.

 

“Não pode haver egos, porque o bem-maior tem de falar mais alto.”

 

O que é que a tem vindo a marcar mais ao longo do seu percurso na Católica?

Tenho-me sentido sempre desafiada e motivada. O plano curricular, através da sua componente prática, é muito diferenciador relativamente a outras universidades. Destaco, também, a grande proximidade com os professores. Estão sempre recetivos às nossas dúvidas e mostram sempre grande preocupação com cada um dos alunos. No fundo, aqui na Católica tudo acaba por fluir bem: das aulas, ao acompanhamento, passando pela dinâmica dos grupos académicos, que estão a crescer cada vez mais. Há cada vez mais alunos a querer fazer a diferença e é ótimo sentir que a Católica nos dá espaço para isso.

 

O que considera imprescindível para se ser um bom presidente de uma Associação de Estudantes?

Ter capacidade de liderança é essencial, porque desde logo é preciso gerir uma equipa de 20 pessoas. Em simultâneo, tem de ser capaz de realizar qualquer tarefa, não deve ter medo do trabalho, deve ser capaz de pôr a mão na massa. Essencialmente, considero que não pode haver egos, porque o bem-maior tem de falar mais alto.

 

Que ações têm marcado o seu mandato, enquanto presidente da Associação de Estudantes?

Começamos o mandato com o objetivo de fazer uma bolsa de estágios de verão por considerarmos que são uma grande mais valia para os estudantes. Empenhamo-nos em traçar parcerias com escritórios que pudessem receber os nossos estudantes. Este foi um primeiro objetivo que foi cumprido e que muito nos contenta saber que há estudantes a usufruir desta oportunidade. O caminho ainda está no início, porque, se até ao momento conseguimos 10 vagas de estágios, o objetivo é multiplicar este número. Outra prioridade para nós foi o desporto académico. Temos vindo a promover a prática do desporto, porque consideramos que é muito enriquecedor para os estudantes a todos os níveis. Não só porque o exercício físico é uma componente muito importante para a nossa saúde, mas, também, porque permite desenvolver inúmeras competências que nos são muito úteis tanto a nível profissional, como pessoal. A área do desporto está a crescer consideravelmente: no meu primeiro ano da faculdade só havia equipa de futebol masculino, depois abriu o voleibol feminino e este ano arrancou, também, o basquetebol masculino. No próximo ano contamos que abra o basquetebol feminino e, também, o futsal. Temos, também, apostado nos cursos intensivos em diferentes áreas. Queremos proporcionar aos estudantes a formação em áreas que merecem ser mais exploradas. Já realizamos uma formação em tratamento de dados, por causa da nova lei do RGPD, e outra formação em práticas processuais penais. Estamos a planear, também, uma próxima formação que será em Direito do Desporto.

 

De que forma é que trabalham a proximidade com os estudantes?

Isso é transversal em tudo aquilo que fazemos. Tudo o que promovemos tem como pano de fundo uma relação próxima com os estudantes. De outra forma, não seríamos uma Associação de Estudantes. Na AE procuramos sempre ter na direção uma representação de todos os anos da licenciatura em especial, mas também do mestrado. Com o objetivo de alargar este âmbito, criamos também comissões de ano. Assim conseguimos garantir que estamos mais perto da realidade de todos. Para além disto, temos também a AE aberta, uma vez por semana, para receber os estudantes que queiram vir ter connosco.

 

“A transversalidade do Direito fascina-me.”

 

No último ano da sua licenciatura, fez um estágio curricular numa Sociedade de Advogados. De que forma é que foi uma oportunidade importante para o seu percurso?

Foi através do estágio que tive o meu primeiro contacto próximo com o mundo da advocacia. É muito importante esta ligação à prática profissional, porque nos permite conhecer a realidade que existe para lá dos livros. Foi ótimo, porque me permitiu aliar a prática a tudo o que tinha aprendido ao longo do curso e também me permitiu entrar no ambiente real de um escritório de advogados.

 

O que é que mais a fascina no Direito?

Acho que todas as áreas se ligam de certa forma ao Direito, porque todas requerem, de alguma forma, o conhecimento da lei. É esta transversalidade do Direito que me fascina e desafia.
 

Quais são os seus planos para o futuro?

Eu entrei para Direito com a vontade de ser juiz e a ideia permanece. Há diferentes formas de chegar à magistratura, porque podemos ir pela via académica ou pela via profissional. Acho que vou gostar da experiência de ser advogada e por isso irei optar por esta segunda opção. No próximo ano quero ingressar na Ordem dos Advogados, enquanto que estarei a escrever a minha dissertação de mestrado.  
 

Espaço do campus favorito?

A sede da AE de Direito, claro (risos). Ou a estudar, ou a conversar ou a receber os estudantes. Estamos lá sempre.

 

 

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06-10-2022