Beatriz Valongo: “Quero-me descobrir e aos outros também.”

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Beatriz Valongo tem 21 anos e é estudante do primeiro ano da licenciatura em Psicologia da Faculdade de Educação e Psicologia, da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Mas antes frequentou a licenciatura em Direito. Depois de um importante período de descoberta, percebeu que a Psicologia era o seu caminho. Entusiasta e motivada, sonha ser psicóloga clínica para poder ajudar os outros. Integra a Tuna Feminina da Católica no Porto e também faz parte da Associação de Estudantes da FEP. É caso para dizer que conhece bem os cantos à casa e que está a aproveitar à grande tudo o que a Universidade tem para lhe dar! Boa sorte, Beatriz!

 

Começou por ser estudante de Direito. Agora é estudante de Psicologia na Faculdade de Educação e Psicologia.

Quando entrei para a Universidade Católica foi para estudar Direito. Nessa altura, já havia alguma indecisão entre o Direito e a Psicologia, mas acabei por escolher o Direito. Estive três anos na licenciatura e depois decidi que era tempo de parar e de reorganizar as minhas ideias e objetivos. Precisei de perceber o que é que me realizava e acabei por perceber que o caminho era outro.

 

O que é que a motivava tanto para o Direito como para a Psicologia?

Acho que era a vontade de defender e ajudar quem mais precisa. A relação com as pessoas sempre foi muito importante para mim e quer uma área quer outra têm as atenções viradas para os problemas das pessoas e o foco na sua resolução. Sou uma boa ouvinte, é uma característica que me define bem.

 

“É da exigência que nascem os melhores profissionais.”

 

Como é que foi a decisão de mudança de curso?

Não foi um processo fácil. Eu congelei a matrícula da licenciatura em Direito a meio do ano letivo e até ao início do ano letivo seguinte foram tempos de grande reflexão e descoberta. Questionei muitas coisas na minha vida e fui à procura daquilo que realmente me fazia feliz. Foram meses de reconhecimento e reconstrução de mim própria. Todo este processo culminou com a minha entrada na licenciatura em Psicologia, aqui na Católica também. Às vezes temos de dar um passo atrás para sermos capazes de dar dois em frente. Foi o que eu fiz!

 

O que é que melhor caracteriza a Universidade Católica?

Sem dúvida, a exigência! A Universidade Católica é exigente e isso é muito bom. Gosto de me sentir desafiada. Tenho a certeza que é da exigência que nascem os melhores profissionais e pessoas. A ligação que existe entre os docentes e alunos é espetacular. Talvez em Psicologia se sinta de forma ainda mais intensa, por causa da dimensão humana que esta área exige. Existe uma ligação pessoal muito grande que nos motiva. Sinto que a Católica é um ambiente muito seguro. É um ambiente onde podemos crescer verdadeiramente, acompanhados da melhor forma, com as amizades, criadas para a vida.

 

Como está a ser a experiência em Psicologia?

Estou no primeiro ano e sinto que cumpri a primeira meta que defini: identificar-me com a linguagem! Em Psicologia sinto que estou a falar a minha língua, sinto que estou a falar daquilo que, de certa forma, intrinsecamente sei. Tenho muito para aprender e tenho consciência de que quero trabalhar para saber cada vez mais e para me poder colocar ao serviço dos outros.

 

“É um orgulho representar a Universidade Católica!”

 

Disciplina preferida até ao momento?

História da Psicologia foi muito interessante! Deu-nos um olhar muito abrangente sobre a Psicologia! É uma disciplina que abre horizontes, dando-nos as bases para todo o conhecimento que iremos adquirir ao longo dos estudos e da futura profissão.

 

O que é que ambiciona para o seu futuro profissional?

Queria trabalhar em Psicologia Clínica, mas não quero criar grandes planos, porque quero que o caminho me vá dando pistas. Quero ser capaz de ter um impacto positivo nas pessoas! Essa é a minha grande expectativa. Quero ser capaz de, enquanto psicóloga, olhar para as pessoas que me procuram e ver a sua verdade, para ser capaz de as ajudar. Quero ter impacto em cada uma delas, da melhor forma.

 

O que espera dos próximos anos de licenciatura?

Dizem que quem vai para Psicologia quer conhecer-se e eu identifico-me muito com isto. Espero aprender muito, espero conhecer-me cada vez melhor. Quero-me descobrir e aos outros também.

 

“Move-me a vontade de estar bem comigo mesma para poder também ajudar os outros.”

 

Uma série que a tenha marcado?

Lie to me. Vi pela primeira vez durante o secundário e quando foi referido nas aulas de Perceção e Atenção, apercebi-me que estava no local certo. Esta série é sobre um grupo de investigadores, tanto psicólogos como neurocientistas, que trabalham com microexpressões faciais, e, a partir de uma análise detalhada, revelam as verdadeiras intenções por trás do que cada um expressa. Já revi a série inúmeras vezes. Foi muito importante, porque fez-se luz dentro de mim, aumentando ainda mais a minha curiosidade sobre esta área.

 

Também integra a Tuna Feminina da Universidade Católica Portuguesa no Porto.

Sim, entrei para a Tuna quando ainda era estudante de Direito. Na Tuna, canto, toco cavaquinho e, também, sou estandarte. Adoro música e convívio e a Tuna é tudo isto. Para além disso, somos só mulheres, o que cria uma relação de proximidade e amizade muito boa entre todas. Através da Tuna, temos a oportunidade de ir espalhar a cultura e a nossa música por todo o país e também conhecemos muitas outras Tunas com quem, também, fazemos amizade. É um orgulho representar a Universidade Católica! É com muita responsabilidade e sentido de pertença que trazemos o nome da Católica connosco.

 

O que é que a move?

O que me move é querer ser melhor. Quero que todos os dias sejam uma oportunidade para ser a melhor versão de mim mesma. Tenho o hábito de escrever todas as noites. Liberta os meus pensamentos e ajuda-me a pôr em perspetiva o dia que passou e a dar-me motivos concretos para o dia seguinte. Move-me a vontade de estar bem comigo mesma para poder também ajudar os outros.

 

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11-04-2024