Gonçalo Sousa: “Sempre trabalhamos para garantir os níveis de exigência que tão bem caracterizam a excelência da Católica.”

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Gonçalo Sousa tem 22 anos, é natural de Santo Tirso e é estudante do último ano da Dupla Licenciatura em Direito e em Gestão, um programa conjunto da Católica Porto Business School (CPBS) e da Faculdade de Direito – Escola do Porto. Irrequieto por natureza e movido pela vontade de conhecer sempre mais, assumiu dois mandatos como presidente da Associação de Estudantes da CPBS, cargo que encarou com o compromisso de “garantir que todos os estudantes usufruíam de um ensino e de uma experiência universitária capaz de lhes dar muito futuro”. Planos para o futuro? “Ter o meu próprio negócio”. Uma terapia? “O desporto”. Uma inspiração? “O meu avô”.

 

Porquê escolher a Dupla Licenciatura em Direito e em Gestão da Universidade Católica Portuguesa no Porto?

O meu percurso no secundário sempre me deixou mais inclinado para a Gestão, quiçá, até porque sempre admirei grandes empreendedores e a capacidade de fazer acontecer. O Programa da Dupla Licenciatura, quando o comecei, tinha ainda dado poucos passos, em 2018, mas já oferecia grandes promessas de ser uma proposta vencedora. Por muito que tenha hesitado, a verdade é que o conhecimento jurídico, para qualquer cidadão, é essencial. Para quem quer assumir responsabilidades dentro de um negócio ou de uma organização, onde se zela pelo coletivo e se fazem acordos diariamente, ainda mais. Dito isto, senti que era uma aposta certa. E, pelos vistos, tinha razão.

 

“Para além de todo o prestígio e reconhecimento que tem, é uma universidade que nos desafia permanentemente.”

 

Quando ingressou na Dupla Licenciatura em 2018 ainda não havia nenhum licenciado …

Pois não, a Dupla Licenciatura só se estreou em 2015. Os primeiros licenciados estariam a um par de anos de terminar. Ainda assim, quis arriscar. Sabia que era um passo certeiro e que ia ser determinante no meu percurso. Era diferenciador face a qualquer outra formação possível em Portugal. Procurei saber mais sobre este dinamismo entre o Direito e a Gestão. Informei-me junto de quem conhecia bem os dois mundos e compreendi que era uma aposta de grande valor.

 

O que é que distingue a Universidade Católica no Porto?

Para além de todo o prestígio e reconhecimento que tem, é uma universidade que nos desafia permanentemente. Entrei para a Católica muito entusiasmado e, também, consciente de que me esperava um caminho exigente. Lembro-me de estar a fazer a matrícula e de alguém me dizer que frequentar a Dupla Licenciatura era muito exigente e que implicava uma enorme dedicação. Confesso que não me assustei (risos). Sabia para o que vinha, mas, também, sabia que vinha para me entregar ao curso e para aproveitar tudo o que a Católica tinha para me oferecer.

 

Quais são os maiores desafios da Dupla Licenciatura?

Sem dúvida que o maior desafio é a gestão de tempo. É muito importante saber conciliar as diferentes dimensões da nossa vida: faculdade, família, amigos e outras atividades. Para além disto, o próprio plano curricular, também, é um grande desafio, porque nos convida a colocar em permanente relação a área da Gestão com a do Direito. Está construído de forma a que os estudantes tenham de criar pontes entre as duas áreas, percebendo, desta forma, a sua complementaridade.

 

“Um bom gestor tem de ter uma mente aberta, criativa, saber ouvir e reconhecer as ideias dos outros.”

 

Sendo a Gestão a sua área de eleição, o que é que mais o fascina?

São os processos, a logística, as operações, as pessoas. Gosto de pensar em estratégias que permitam a otimização dos processos e dos recursos. Sinto que isto nasceu comigo, esta vontade de contribuir para o crescimento de uma organização e de ajudar a reparar as fragilidades dos sistemas. Para além disto, adoro lidar e relacionar-me com pessoas.

 

O que é que um bom gestor deve ser/ter?

Em primeiro lugar tem de estar aberto às sugestões e aos contributos da sua equipa. Ter um pensamento fechado e redutor é o pior que pode acontecer a qualquer gestor. Ter uma mente aberta, criativa, saber ouvir e reconhecer as ideias dos outros. É essencial que se compreenda que a Gestão não é só de mim para eles, mas, também, de muitos para mim. Relacionado com isto, um bom gestor tem, também, de ser um bom líder, e um bom líder não é um bom chefe, nem um bom patrão. Está intrinsecamente ligado com o que disse anteriormente: tem de saber ouvir.

 

Para além do percurso académico, tem estado envolvido em muitas atividades extracurriculares …

No início do curso estava muito focado nos meus resultados quantitativos. Queria ter notas muito altas e estava muito centrado nesse objetivo. Com o tempo, percebi que noutras atividades podia também desenvolver competências essenciais que dificilmente encontraria nos livros. Acabei por ter de aprender a equilibrar o meu tempo. Dividi-me para ser mais completo. Viver o meu quotidiano a um ritmo acelerado nunca me assustou, pelo contrário. Acho que, aliás, não sei ser feliz de outra forma porque cresci assim: sempre participei em diferentes atividades e joguei andebol numa dinâmica de vida que me exigia método e organização.

 

“Sempre trabalhamos para garantir os níveis de exigência que tão bem caracterizam a excelência da Católica.”

 

Foi presidente da Associação de Estudantes (AE) da Católica Porto Business School. Como é que descreve a sua experiência?

Fui presidente da Associação de Estudantes da Católica Porto Business School durante dois mandatos. Foi uma experiência muito marcante. Quando entrei na faculdade percebi logo que a Associação de Estudantes tinha um potencial enorme. Fui acompanhando o seu trabalho e ainda antes de ser presidente fui também vogal. No fundo, fui acompanhando sempre de perto a sua atividade, magicando muitas ideias e, ao mesmo tempo, desenvolvendo uma vontade grande de as pôr em prática. Foi assim que nasceu a motivação de me tornar presidente. O que me orientou foi sempre a certeza do potencial que a AE tem e a importante missão que assume na vida dos estudantes. Uma AE não tem só um papel de relevo diante dos estudantes, mas, também, assume um papel ao nível pedagógico, intercedendo junto dos professores e da direção da faculdade. No fundo, uma AE é uma associação atenta a todos os problemas e assuntos de uma faculdade. Uma AE cria pontes, suporta os alunos, mas, acima de tudo, a própria faculdade.

 

Quando foi eleito presidente da AE da CPBS com que missão e objetivos se comprometeu?

Uma associação de estudantes não existe só para promover atividades lúdicas, recreativas e desportivas, mas passa muito por manter a integridade do percurso académico dos alunos. Este foi o meu compromisso: ajudar a enriquecer o percurso académico dos estudantes e assegurar a qualidade de ensino da CPBS através do contacto com a direção no conselho pedagógico. Nunca quis de todo facilitar o percurso dos estudantes na faculdade. Sempre trabalhamos para garantir os níveis de exigência que tão bem caracterizam a excelência da Católica. Nunca quis criar atalhos para os alunos, mas quis sempre garantir que usufruíam de um ensino e de uma experiência universitária capaz de lhes dar muito futuro.

 

O que é que esta experiência lhe trouxe?

Tirou-me muito tempo (risos). Não levei amigos para a associação, mas acabei por trazer muitos amigos da associação. Acima de tudo, a Associação de Estudantes deu-me uma experiência muito completa e muito rica. Criei relações para a vida, pessoais e profissionais, fez de mim uma pessoa mais atenta, observadora e capaz de apresentar soluções para os problemas, aprendi a relacionar-me melhor com os outros, a saber ouvir, a saber acolher ideias diferentes das minhas e trouxe-me, também, muito conhecimento. Aprendi a saber lidar com o erro e isto é importantíssimo. As coisas nem sempre correm bem e é importante saber identificar o erro e saber lidar e desenhar um novo caminho.

 

Como descreve numa palavra estes últimos anos?

Descrever numa só palavra é difícil (risos). Diria, talvez, que foram anos, acima de tudo, intensos. De forma positiva, foram anos muito intensos, com um ritmo acelerado, muito marcantes. Definitivamente, impossíveis de esquecer.

 

Ainda ocupa a função de treinador da equipa de futebol masculino da CPBS …

Sim e tenho um carinho muito grande por esta atividade, porque a minha primeira função na AE, antes de ser presidente, foi ser vogal do departamento desportivo. Guardo muito carinho pelas equipas da CPBS e temos muitas modalidades: voleibol, surf, golfe, ténis, entre outros. Reconheço no desporto uma mais valia muito importante. Para além de ser terapêutico, ensina-nos valores muito importantes: trabalho em equipa, entreajuda e resiliência.

 

Planos para o futuro?

Tenho uma vontade grande de ter o meu negócio e tenho um gosto especial pelo ramo industrial, com especial interesse pela área têxtil, mas a curto prazo quero continuar a ajudar a Universidade a crescer.

 

Falta apenas um semestre para o fim desta jornada…

Já sinto nostalgia, já tenho saudades. E isto ainda nem acabou (risos).

 

“Os bons líderes inspiram-me.”

 

O que é que o move?

A possibilidade de aprender coisas novas a cada dia. Esta oportunidade de evoluirmos constantemente é fascinante. Em tudo o que faço tento aprender e encaixar na minha mundividência o máximo possível. Quero ser um profissional e, essencialmente, uma pessoa cada vez mais completa.

 

Alguma pessoa que seja uma inspiração para si?

Os bons líderes inspiram-me. O meu avô é, sem dúvida, uma dessas pessoas.  Fascina-me a sua capacidade de mover e de alterar o rumo das coisas, sempre guiado pelo cuidado e pela atenção com os outros.

 

pt
15-12-2022