Projeto LAND rumo ao aumento da inovação e cultivo de leguminosas

Aumentar a inovação e o cultivo de leguminosas, dando continuidade às atividades desenvolvidas no âmbito do Consórcio LeguCon, são os grandes objetivos do projeto LAND - Abordagem integrada para a promoção de leguminosas e do desenvolvimento de cadeias de valor sustentáveis, coordenado pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina, da Escola Superior de Biotecnologia (ESB), da Universidade Católica no Porto (CBQF/ESB/UCP). Um projeto que conta também com o Banco Português de Germoplasma Vegetal do INIAV, a Universidade de Galway, na Irlanda, e o Centro de Ação Social de Ílhavo.

Através duma estratégia multidisciplinar, o projeto, que arrancou em março de 2023, pretende contribuir para o aumento da competitividade das leguminosas e para a adoção da estratégia europeia de transição para práticas agrícolas mais sustentáveis e para a promoção da produção de culturas ricas em proteína alternativa.

 

Entre 2012 e 2050, aumentar em 50% a produtividade

Para apoiar o aumento da procura de alimentos nutritivos entre 2012 e 2050, a produtividade agrícola deve ser aumentada em 50%. Ao melhorar o cultivo, comercialização e consumo de leguminosas, o LAND contribuirá a diferentes níveis para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 (saúde de qualidade), 12 (produção e consumo sustentáveis) e 13 (ação climática) e, também, para a COP21 (Conferência do Clima de Paris).

Carla Santos, investigadora do CBQF e coordenadora deste projeto, explica que “ao promover a utilização de leguminosas, agrobiodiversidade e práticas agrícolas sustentáveis, o LAND terá um impacto importante na economia e na sociedade através da melhoria da qualidade, adaptação e rendimento das leguminosas, aumentando a competitividade do sector agrícola e alimentar europeu em conformidade com a combinação de políticas ao nível da União Europeia.”

O LAND apoiará os objectivos-chave da estratégia da UE para 2030:

  • de 50% de redução na utilização e risco de pesticidas (LAND promoverá a agricultura biológica, a agricultura de conservação, etc.);
  • pelo menos 20% de redução na utilização de fertilizantes (o forte enfoque do LAND nas culturas de leguminosas fixadoras de azoto e o aumento projetado do seu cultivo ajudará diretamente este objetivo) e
  • 25% das terras agrícolas a serem utilizadas para a agricultura biológica.

O projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e são parceiros do projeto o Banco Português de Germoplasma Vegetal do INIAV, a Universidade de Galway, na Irlanda, e o Centro de Ação Social de Ílhavo.

 

Uma contribuição sustentada para o bem-comum

O projeto terá impactos sociais e económicos mais vastos, assegurando uma contribuição sustentada para o bem comum através da conservação e promoção da biodiversidade, reduzindo o impacto negativo da agricultura nas alterações climáticas e promovendo dietas sustentáveis e saudáveis”, afirma a investigadora.

O LAND, que dá continua à missão do LeguCon, o consórcio único e inovador em Portugal que promoveu o aumento de produção de leguminosas no país com uma vertente participativa entre a ciência e a cidadania, quebra as barreiras ao consumo de leguminosas e promove a integração de leguminosas e produtos à base de leguminosas em diferentes cadeias de valor.

 

  

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11-05-2023