Tertúlia da Católica - Porto: espaço de debate junta líderes de vários setores para debater a Incerteza

A Católica tem vindo a organizar, no Porto, há já cerca de 10 anos, uma Tertúlia para analisar e discutir temas relevantes para a sociedade portuguesa, com um enfoque na economia e gestão. O conclave junta um grupo de convidados diverso em idade, campos de especialização e atividade, o que garante liberdade de expressão e, simultaneamente, pluralidade de pontos de vista.

Depois de uma interrupção por causa da pandemia, em que funcionou online, a Tertúlia retomou o modelo presencial. Ao mesmo tempo, trouxe, também, algumas mudanças compatíveis com o propósito de sempre: promover o debate, livre, de ideias não forçosamente convencionais. A referência passou a ser Tertúlia da Católica-Porto, e não apenas da Católica Porto Business School, sinalizando um alargamento de âmbito, porventura menos focado em temas próximos da economia e gestão, e o empenho na promoção de uma abordagem mais ampla, trazendo o contributo de outras áreas disciplinares cultivadas no Centro Regional do Porto (CRP) da Universidade Católica Portuguesa: direito, psicologia, artes, teologia, biotecnologia, ciências da vida. Algo que faz tanto mais sentido quanto, no Porto, a oferta da Católica está, agora, concentrada num único campus, criando melhores condições para as abordagens multidisciplinares em que a Universidade está empenhada.

No atual contexto, o tema tinha de ser a Incerteza. O título para o encontro era provocador: “Glossário da Incerteza: prever não consta…”. Depois das intervenções iniciais da Presidente do CRP, Isabel Braga da Cruz, e da Diretora da Escola Superior de Biotecnologia e anfitriã da sessão, Paula Castro, a Tertúlia desenvolveu-se a partir das intervenções de Alberto Castro e José Pintos dos Santos, os coordenadores desta iniciativa que, ao longo da última década, têm trazido a debate os mais diversos e relevantes temas. Como habitualmente, a discussão foi viva e participada, tendo sido aportadas perspetivas e experiências diversas que enriqueceram a sessão.

Citando o Marquês de Maricá, um filósofo brasileiro do século XIX, Alberto Castro refere que “as pessoas preferem, geralmente, o engano, que as tranquiliza, à incerteza, que as incomoda”. “Para lidar com os desafios e incógnitas que nos reserva o futuro, é necessário perceber que a resposta apropriada será substancialmente diferente consoante estejamos a falar de riscos, mais ou menos quantificáveis, ou de situações de incerteza absoluta (“unknown unknowns”). Isso é certo! Não nos enganemos!”.

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16-11-2022