Quintas com Saúde | Terapias Integrativas e Complementares

17.01.2019 17:30
Escola de Enfermagem (Porto) | Campus Foz

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Sala EC019

Inserida no Ciclo de Conferências - Quintas com Saúde 2018/19, promovido pelo Instituto de Ciências da Saúde (Porto) da UCP, decorrerá no próximo dia 17 de janeiro, às 17h30, no campus Foz da UCP a conferência "Terapias Integrativas e Complementares - Estados emocionais e estados neurovegetativos", com Maria João Santos.

Coordenação: Prof. Doutor João Costa Amado

 
Nos últimos anos temos assistido a um crescente ênfase, na saúde humana, do papel da relação mente-corpo nas patologias somáticas e mentais. As recentes descobertas das ciências comportamentais e das neurociências de que o corpo e a mente interagem constantemente, tem desafiado os paradigmas convencionais sobre a etiopatogenia destas doenças. Hoje em dia as emoções são consideradas um fenómeno multifatorial que implica alterações neurovegetativas e fenotípicas. A. Damásio descreve-as como um “programa de ações sucessivas que é despoletado pela mente e acontece dentro do corpo”. Elas podem, então, ser vistas como padrões neurofisiológicos, num continuum biofeedback que reflete uma experiencia vegetativa e exerce um papel de ligação com os impulsos mentais. Esta forma de regulação homeostática e de adaptação constante ao meio leva à produção de estratégias sistémicas e à produção de sinais e sintomas diagnosticamente relevantes. 
 
Charles Darwin, no séc. XIX e mais recentemente Paul Ekman, através do Código da face e das suas unidades de ação emocional, identificaram padrões faciais que revelam e identificam a presença de determinada emoção. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC), desde o seu início, identificou a unicidade da relação corpo-mente. Há mais de 3000 anos a MTC identifica sinais e sintomas da presença de determinada emoção que é parte integrante de um padrão neurovegetativo, tradicionalmente designado por “zang-fu”. Assim, os estados emocionais estão refletidos na ativação fisiológica e neurovegetativa do sistema nervoso autonómico, do sistema motor, do sistema endócrino e indiretamente no sistema imunitário e podem ser identificados fenotipicamente na face, através da expressão facial; no sistema músculo-esquelético, através da postura e expressão corporal; na língua, através da forma e cor do seu corpo, da sua capa e do seu movimento; nas vísceras, identificada por palpação abdominal. 
 
Desta forma é possível fazer uma análise comparativa entre os sistemas médicos convencional-ocidental e tradicional chinês-oriental e estabelecer uma ponte entre os dois sistemas, permitindo um melhor entendimento entre ambos e uma melhor integração de conceitos orientais, nos sistemas de saúde convencionais-ocidentais.